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QUEM ÉS TU, CAPITU? 

Capitolina de Pádua, em sua liberdade hipnótica que faz parte de sua essência e seus olhos tidos como de cigana oblíqua e dissmulada por natureza, ao não deixar se subjugar e contestar não só as paranóias de seu maridos, mas também as amarras de seu próprio tempo, traz uma identificação com a própria mulher contemporânea – que ainda luta e incomoda muita gente ao ser autoconfiante e contrária a posição feminina de mero objeto submisso. Afinal, até hoje, a mulher é vista pela sua dita “natureza feminina” (LARA, 2006, p.29) e não pela sua individualidade ou força como indivíduo.

Em um mundo que ainda se predomina a visão de Bentinho,

chegou a hora de Capitu falar, por si mesma, quem ela é.

projeto:  Esther Bereznjak
 

Como Afrodite, a personagem, com seu fluído energético e misterioso, também é remetida ao mar, as quais suas ondas, violentas, crescem aos olhos do observador. A força atrativa de seu olhar, em sua pupila, traduz a ressaca que repuxa e trai o observador, mas, que ao final, sua intensidade não acaba por embargar apenas aos outros, mas também a si mesma. E sua imensidão, que antes era mar, se enseca.

EM BREVE 

Foto: Esther Bereznjak  

Filmmaker: Thiago Giacobelli

Montagem/ edição video: Thiago Giacobelli

Modelo: Victoria Alcoforado 

Beleza: Isabela sá

Estilo: Esther Bereznjak

 © Protegido por direitos autorais. Tsuru Filmes 2019

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